sexta-feira, 25 de abril de 2008

Bate Papo com Bruno Gagliasso


Após o término do espetáculo no Teatro Rubens Gil de Camillo em Campo Grande -MS, Bruno Gagliasso concedeu uma entrevista exclusiva a reportagem de O Estado e falou sobre seu interesse pela a história de Van Gogh e sua relação com a arte.


O Estado – Porque você se interessou e escolheu representar Van Gogh e não outro artista?
Bruno - O que me encantou nele desde quando conheci as primeiras obras foram o temperamento e sua forte relação com a arte. Identifico-me muito com ele, já que como Van Gogh eu nasci pra fazer arte, vivo dela e vou morrer fazendo. Eu nem me acho parecido com ele fisicamente, como dizem algumas pessoas, mas acho que esta intensa relação e a paixão pela arte fazem com que eu fique parecido. Talvez o meu olhar tenha a intensidade que teve o dele.

O Estado Na peça, Timóteo tem a angústia de querer atribuir sentido a sua vida através da arte de Van Gogh. Já Van Gogh tem a angústia de querer colocar para fora todos seus sentimentos e fazer arte com isso. Você se sente alguma destas angústias?
Bruno – Sinto sim e acho que é a minha angústia mistura as que os dois sentem. Tenho um pouco de Van Gogh, do amor incondicional e entrega dele para a arte e no caso do Timóteo, de tentar descobrir quem ele é. O Timóteo usou da arte do Van Gogh para fazer sua própria arte.

O Estado – Como você compôs o personagem do Van Gogh, já que não se tem muita informação sobre trejeitos dele, como jeito de andar e etc?
Bruno – É, não existem muitas coisas dizendo sobre como ele agia e eu fiz isto intuitivamente, com base no resultado artístico dos quadros dele e sobre o que se tem escrito sobre suas posturas com o mundo. Essa coisa do andar errante dele, sempre nervoso, o modo como pintava, com pinceladas fortes, é assim que eu imagino que seja. Outra coisa que eu sempre gostei foram as famosas botas de Van Gogh, que eram estranhas e grandes, uma característica só dele. E por isso que a peça chama-se “Um Certo Van Gogh”, porque este é o meu Van Gogh, a minha visão sobre ele.

Fonte: Depois das Onze

Um comentário:

Liliane Guazelli disse...

Boa noite... me interessei muito pela peça gostaria de saber quando estara aqui em SP...
Beijos mil
Liliane Guazelli